Este ano o Parlamento dos Jovens da escola secundária João de Deus contou com 3 listas, depois da desistência de uma delas, que analisaram e debateram, em campanha e em debate, as novas tecnologias tendo em conta os seus desafios e as suas oportunidades. Para iniciar o programa, o prof. José Valente de Oliveira da UAlg proporcionou, no dia 10 de Janeiro, uma palestra intitulada “Inteligência Artificial para pré-universitários”, estando presentes 6 turmas que aí puderam esclarecer dúvidas e partilhar questões éticas.
Este programa, Parlamento dos Jovens, é organizado pela Assembleia da República, em colaboração com outras entidades, tem como objectivo promover a educação para a cidadania e o interesse dos jovens pelo debate de temas de actualidade. Esta iniciativa de âmbito nacional culmina com a realização de uma Sessão Nacional na AR, a 26 e 27 de maio.
A Escola Secundária João de Deus, por diversas vezes eleita para representar a região a nível nacional, continua a realizar o seu trabalho na concretização deste protejo, tendo sido realizado no passado dia 24 de Janeiro o ato eleitoral, cujos resultados se traduziram em mandatos para as 3 listas. Assim, a lista A elegeu 8 deputados, a B elegeu 10 e a D elegeu 5. Estes alunos-deputados reuniram em sessão escolar no dia 27 e aprovaram o seguinte protejo de recomendação:
1 – Aposta nas parcerias entre Universidades, Empresas e Estado, com
a criação de mecanismos para que este último seja capaz de aplicar os
projectos desenvolvidos em sectores da Administração Pública, como é o
caso da saúde e da educação. De forma a promover a divulgação
destas parcerias seria ainda criada uma semana anual em que os
jovens (por ex.: alunos universitários ou de cursos técnicos
especializados) pudessem apresentar ideias de projetos tecnológicos
inovadores por eles desenvolvidos e trabalhá-las em colaboração com
os potenciais parceiros acima referidos.
2 – Desenvolvimento de uma legislação específica em Portugal
alinhada com acordos internacionais cujo intuito fosse definir,
claramente e com distinção, as penalidades face a crimes como, por
exemplo, invasão de privacidade e fraudes realizados por/com apoio de
inteligência artificial. Para além disso, esta legislação teria ainda o
objectivo de estabelecer critérios rigorosos para a transparência,
segurança e rastreabilidade das aplicações da IA.
3 – Revisão dos conteúdos programáticos da disciplina de TIC de forma
a inserir no 3º Ciclo, através de um plano de progressão gradual,
modos mais avançados, por exemplo robótica e programação; bem
como a inserção de uma componente pessoal no currículo da disciplina
de modo a incentivar os jovens a realizarem voluntariado ao longo do
ano letivo, por exemplo, auxiliando os idosos a integrarem-se na nova
era digital. Tal medida poderia ser concretizada através, por exemplo,
da promoção de parcerias entre as escolas e associações de
solidariedade social e bolsas de voluntariado locais.
A defesa destas medidas caberá às alunas eleitas deputadas distritais,
Beatriz Leitão, Leonor Cabrita e Mariana Lopes, estando a Sessão Distrital
agendada para o próximo dia 25 de Março no auditório do IPDJ.
Parabéns a todos os participantes!
Votos de um grande debate, deputadas da JD!
Viva a cidadania!







