Se a ditadura cheirava a mofo, a que cheira a democracia?

artigo opinião Luis Horta
Ana Lúcia Correia

Democracia celebra 48 anos de vida em Portugal, 17500 dias, um dia a mais que os 17499 de ditadura

Artigo de Opinião pela professora Ana Lúcia Correia, publicado no Jornal Sul Informação, a 22-03-2022

A 24 de março, assinala-se o dia em que Portugal tem mais tempo de democracia do que teve de ditadura. Serão 17500 dias de vida, são 48 anos de democracia que devemos celebrar.

Partindo da experiência adquirida enquanto professora e coordenadora da equipa de Cidadania e Desenvolvimento, irei apresentar o Parlamento dos Jovens nas suas linhas mestras.

Embora a concretização deste programa educativo se realize nas escolas básicas (dos 2º e 3º ciclos) e nas secundárias, ele é uma iniciativa da Assembleia da República que o iniciou em 1995 pela mão da deputada, e professora, Julieta Sampaio.

Este ano, o círculo eleitoral de Faro tem 15 escolas secundárias (públicas e privadas) envolvidas e todas elas estiveram presentes na sessão distrital de dia 15 de março, uma verdadeira assembleia de 60 jovens que se reuniu para debater o tema “O impacto da desinformação na democracia”.

O trabalho que foi realizado até aqui resume-se assim:
1º – o tema em debate, comum a todas as escolas do país, e não só (também as escolas portuguesas da Europa e de fora da Europa participam), é divulgado pela AR e pelo IPDJ;
2º – as escolas preparam as suas comissões eleitorais e divulgam as ações e o calendário;
3º – os alunos/as organizam-se em listas de 10 elementos, respeitando a Lei da Paridade, e preparam 3 propostas que levam para debate escolar;
4º – após o período de campanha eleitoral que decorre em cada escola participante é realizado o ato eleitoral e a partir dos resultados das urnas é constituída, pelo método d’Hondt, a assembleia de escola;
5º – a partir do debate realizado na sessão escolar são votadas pelos/as deputados/as escolares as medidas propostas que integrarão o projeto de recomendação da escola levado novamente a debate na sessão distrital no IPDJ e, caso vença esta etapa, também na sessão nacional, calendarizada para os dias 30 e 31 de maio na casa da democracia, a Assembleia da República.

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